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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

3.Curtindo a mansidão do amor - Vivendo una nova espiritualidade - 3


From: Ly
Holly, Veja esse texto. Otimo pra se refletir.
Bjs

From: Holly
Puxa, que sabedoria a do escritor desse texto. É a pura verdade. É exatamente como falei antes. O romantismo. o amor passional, a sexualidade consecutiva a alta frequência, o carinho físico, tudo isso é importante pra o amadurecimento do amor, é o alicerce pra a construção da fusão de duas vidas. Sim, pq qdo há uma sedimentação desse amor, não se tem necessidade de uma frequência aproximada de contatos físicos como no início. Basta uma troca de olhar, um anuir de cabeça qdo vc comunica algo, e é jà uma aprovação e uma afirmação do sentimento. "Erótica é a alma". Isso é pura sabedoria. Quem nunca seguiu a estrada do amor e alcançou a sua maturidade, nunca poderá entender essa coesao. "um vira pátria do outro". (Martha Medeiros)
Exatamente como Rubens Alves escreve, qdo o amor é solidificado, não deixa espaço pra competições. As vidas são tão fundidas que, desejar "derrotar" o outro seria como desejar a derrota a si mesmo. Quem está ainda no meio da estrada, acha exagero. Claro que existirão sempre as divergências, o contraste de opiniões, e a individualidade que tempera o relacionamento, mas existe tb uma maior capacidade de aceitar, suportar e de render-se às deliberações do outro. É uma sequência natural. Quem sabe dominar o próprio caráter sente maior facilidade de alcançar o amadurecimento do amor. Não são todos os casai que conseguem. Às vezes morrem de velhos mas nunca souberam aceitar as fases do amor, por isso nunca souberam gozar de cada uma delas.
Que coisa explêndida isso: "Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chance de ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso?Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um virapátria do outro. Amizade com sexo também é um jeito legítimo de se relacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções. Não épela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, defrente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a issochama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber,pode ser amor ...
Lindo. E' bom saber que existem pessoas que confirmam nosso modo de viver e pensar como esses dois escritores (penso). A's vezes me comporto assim mesmo. Muitas vezes, exatamente como ela falou, preparo um drink ou coca-cola com wisk, ou mesmo um suco com tanto gelo, e nos sentamos na terraça de noite, (nas estações favoráveis), ficamos observando as estrêlas, os aviões que vão e voltam, e às vezes me pergunto se não seria melhor estarmos curtindo um filme na Tv, ou em outro lugar movimentado etc, (a ansiedade, Caçadores de emoções) mas sinto tanta calma em estar fazendo aquilo que saboreio como é, pq querer modificar? É saber saborear, como ela diz, a intimidade do silêncio. Depois de contar com novos cúmplices, saberei apreciar e valorizar muito mais essas "fronteiras do estranhamento" sem pensar que estamos fazendo algo inatural. Adorei.
Holly 26-02-05

From: Ly
Meninas, não percam CLOSER-Perto demais.
É um dos melhores filmes que assisti, fala de relacionamento, vc sai do cinema remoendo, repensando, enfim refletindo sobre tudo e todos, vale a pena. Vejam este comentário abaixo.
Ly 26-02-05
Interrompendo as buscas
Martha Medeiros Assistindo ao ÓTIMO "CLOSER - Perto demais", me veio à lembrança um poemachamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhumapessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiucomo uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em quequatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se dão por satisfeitas,seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é. Não háinteração com outros personagens ou com as questões banais da vida. É umaegotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que éirônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisamestar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhumapessoa é lugar de repouso.Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma miradamicroscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amploleque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foifeito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer oparaíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca.Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossasperdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar umapessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossasexpectativas - sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam comisso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto deabrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo peloceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida láfora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo"leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar overso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos façainterromper as buscas. Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer averdade. Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chancede ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instantesuas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito empalavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficarquieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso?Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um virapátria do outro. Amizade com sexo também é um jeito legítimo de serelacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções. Não épela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, defrente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntosfazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a issochama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem sepreocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar derepouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor ...
Curtindo...4

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