From Samantha
Oi HollyAlto lá, alto lá alto lá: Quando me referi a Brena ir na frente, eu estava exemplificando e falando do que aconteceu sobre a história de modelo aí na Itália. Falava das oportunidades que pintaram e que nós todas acreditamos, apostamos e tentamos concretizar. Falava disso. Quando vc ligou falando de Casablanca e da urgência de ela ir pra aí a fim de não perder o bonde da história, eu arrisquei tudo. Porque não queria, eu mesma, me condenar amanhã por não ter dado o incentivo e apoio que ela precisava para quem sabe, viver esse sonho. Não deu certo, paciência. Mas nós tentamos. Então vamos separar as coisas. Eu não mandei Brena pra aí pra ela " abrir caminho e eu ir depois". Ainda não insandeci não criatura. O que aconteceu foi uma coisa bem específica. Uma oportunidade PRA ELA, que se desse certo teria desdobramentos pra mim tb. Foi isso.Outra coisa: Vc fala que devo arriscar tudo como tantas fizeram e correr atrás seja na China, Espanha ou Itália. Holly, alÔOOOOOOOOO. Vc sabe perfeitamente o que esses brasileiros todos espalhados pelo mundo estão fazendo pra sobreviver em países estrangeiros. Isso aí minha amiga, eu já fiz. E não quero nem vou repetir a dose. Vc acha que eu devo sair daqui pra Espanha, por exemplo, pra trabalhar de garçonete ou faxineira????? Dentro do meu contexto atual de vida e com uma filha pra criar e educar??????? Acorda digo eu pra vc. Esse tipo de vida eu já tive aí. E se fosse arriscar da forma como vc fala, seria exatamente pra viver do mesmo jeito que eu vivi aí antes: como Maria broaca. É claro que muitas honrosas exceções existem hoje, como a sua e de tantas outras que se casaram, ou que tiveram a sorte de conseguir um bom negócio depois de anos de labuta, ou então são bancados pelos pais e estão aí estudando.Vc acha que devo repetir na Espanha a mesma experiência que tive na Itália? Fala sério. Depois da experiência que tive e ter amadurecido tanto na vida tudo O QUE NÃO QUERO é viver isso de novo. Quero sim, viver outras experiências e ter outras oportunidades de crescer mesmo. Em outra dimensão. Por isso que falei do currículo, de empresas, de buscar um cargo ou emprego aí que não me faça sentir extra-comunitária sobrevivendo de subemprego. Meu curriculum aí, é só uma referência, pra mostrar que não sou uma favelada intelectual qualquer. Mas eu nunca imaginei que fosse trabalhar aí como jornalista, até pela barreira da língua. Portanto, se vc distribuiu meu curriculum nos meios afins à minha profissão, não terá retorno. Pensei em outras esferas, em empresas que tivessem afinidades com o Brasil, como aconteceu com Elsa. Portanto, não tem nada a ver Danny não ser da minha área. Não estou procurando a minha área, mas um emprego digno. E é óbvio que aí na Itália eu teria mais chances, pelo conhecimento da língua, por já ter morado, por conhecer pessoas. Na Espanha, filha, seria começar de novo, exatamente como fiz na Itália. Vc tem dúvidas disso? Essa estrada eu já percorri.Vc fala também como se eu devesse jogar a toalha, por ter passado dos 40 e estar desempregada e sem perspectiva. Vc fala como se minha vida tivesse chegado ao fim e, portanto, diante da emergência eu devesse mergulhar em qualquer coisa. Foi-se o tempo Holly, em que as pessoas com 50 anos eram consideradas decréptas. MENOS. Hoje, aos 80, as pessoas continuam trabalhando, produzindo, interagindo. Realmente, hoje em dia, uma pessoa aos 50 tem todas as dificuldades de se colocar num bom emprego. Mas pessoas sem qualificação, sem história profissional, sem talento. Não é o meu caso. Tenho back-ground, tenho qualificação e tenho história profissional. Posso estar desanimada, mas não perdi as esperanças e nem acho que estou em fim de carreira. Principalmente nessa minha profissão onde a idade e a experiência contam. Porque trata-se de intelecto e vivência. O que nem sempre os mais jovens têm. Os grandes âncoras de TV e os jornalistas mais famosos aqui estão beirando ou já passaram dos 50. E isso é no mundo inteiro. Como lhe falai antes, o fato de não ser OS OUTROS, naturalmente prejudicou a minha ascensão, como a de tantos outros jornalistas talentosos e competentes como eu. Entra aqui também o fator SORTE, que importa e muito na vida das pessoas. Mas tenho certeza que a minha parte, de ingerir, correr atrás, me reformar, me antenar e não me deixar vencer , eu FIZ. Se esse país fosse outro, com certeza eu estaria bem. Apesar dos percalços, não acho que as minhas perspectivas acabaram. A minha capacidade, talento e chances de competir, apesar de tudo, ainda duram uns bons 30 anos. Lembre que aos 50, mainha era uma velha. Eu, aos 50, estou no páreo com as de 30, ou até com as de menos. Refaça seus conceitos Holly. E urgente.bj
From Ly
Samantha,Será que esse break não é pra vc escrever um livro? Vc escreve tão bem, pq não se redireciona pra este sentido?Não só escreve bem como tem sacada publicitária. Que tal pensar nisso?
Ly 02/03/07
A Raiva e Orgulho...5
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