From: Samantha
Oi meninas,
Holly, eu concordo com Ly nesse aspecto. Eu acho que o que ela quis dizer é que vc às vezes dá muita densidade a um determinado estado e sentimento que é quase sempre pontual. Fruto de um momento, de uma cirscunstância, de um estado de ânimo. Ás vezes vc leva isso pra uma profundidade que não é real, enquadrando uma simples fase no mundo psicológico que se não for encarado dessa ou daquela forma, pode se transformar nisso ou naquilo, provocando estragos X e Y. Acho que tudo o que vc escreve é pertinente, sim, é real e verdadeiro. Só acho que nem tudo se aplica ao fato em questão. Inclusive, como vcs sabem, não acredito e nem sou adepta da objetividade total, do controle absoluto das emoções, do aja e reaja assim e produza um efeito assado. Sinceramente, a vida pra mim não pode ser isso. É preciso também estar atenta para deixar fluir as reais emoções, o institinto natural. Viver sem emoção pra mim não existe. A vida, per si, é emocional! Quando vc diz," vc AINDA é ade pta do amor romântico...." soou quase como uma reprovação, como se isso não coubesse mais nos dias de hoje, como se fosse algo depreciativo. Não é o caso de achar que sem o outro não somos nada e não sobreviveremos. Mas é enxergar no outro um complemento, sim, uma parte que nos completa, nos enche, nos dá abundância.Eu acredito, sim, que pessoas podem fazer escolhas racionais no amor, e sobreviver muito bem a isso. Outras, porém, podem até fazer. Mas suas vidas ficarão vazias, sem sentido. Outras, não fazem de jeito nenhum porque, de antemão, sabem que não seriam felizes de jeito nenhum. Eu me enquadro nesse bloco. Por isso entendo Ly muito bem quando diz que a relação tá insossa e que ela queria algo mais. Alíás, sempre achei isso da relação dela com Bento. Falta calor, falta ardor, falta emoção! Mas isso é um outro papo. Porém, voltando, creio que os anseios realmente fazem parte da vida e que por mais que vc aprenda a controlar essas emoções, elas não serão eliminadas do nosso dia-a-dia . Não consigo enxergar uma vida assim tão asséptica e linear, toda lisa, toda controlada. Acho sim que quando aparecem as deprês - sejam elas do naipe que for - não devem ser encaradas sempre como traços do nosso psicológico que devem ser analisados, trabalhados, terapeutizados e curados. Mas como algo circunstancial que pode passar amanhã. Com mais leveza, menos densidade. Bom, é mais ou menos isso que acho. Ah! também concordo quando Ly fala das nossas aflições pelos filhos, pelo futuro e até das nossas culpas. O mundo vai girar séculos e isso será eterno. Porque visceral, misterioso e inexplicável. E aí não tem atitude que vença. Porque se trata do bicho-mãe. De natureza! Bjs. depois falamos 21/07/04
Medo de Envelhecer
From: Ly
Valeu Samantha, acho que é mais ou menos por ai.
Quanto ao Bento, não é que não haja calor e ardor, acho que há, mas é que ultimamente tenho querido respirar, sei lá, acho que o ciclo findou, mas é tanto receio, não é que não goste dele, mas é tudo meio racional, meio calculado. Como estou sem ninguém pra bater esta bola, fico absorvendo tudo e as vézes uma coisa que é leve, torna-se pesado, entende?
Fico olhando pra ele e sinto-me meio injusta, sabe? Ele, obviamente dentro do limite dele, é bacana, me ensinou tanta coisa.
Bem isso é um papo cabeça que hoje não tenho tempo pra discutir.
Falamos depois sobre isso.
Bjs, Ly
Medo de Envelhecer 6
Nenhum comentário:
Postar um comentário