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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Driblando a auto-sabotagem-3

From: Samantha
Oi mana
De novo aqui, me desculpando pela demora. E me justificando, mais uma vez, com o pouco tempo que tem me restado para cuidar das minhas coisas mais pessoais. Mais uma vez, também, dando a mão à palmatória para a sua sabedoria e sagacidade. Estava agora mesmo relendo tudo o que vc escreveu a respeito do meu "moroso" e concordo plenamente. Algumas coisas já estão bem delineadas na minha cabeça e outras tantas pude refletir através de suas palavas. E sei que são reais. Claro que sei que homens de visão, de metas e projetos, obstinados, como é o caso dele, enxergam bem além dos limites da emoção, é claro que, como seres humanos, sentem, gostam se emocionam, e eu vejo esses - diga-se de passagem - raros momentos vislumbrar nos olhos dele - mas não se dão ao luxo de deixar que isso conduza as suas vidas. É assim com ele. Ao mesmo tempo que sofro com a frieza dele, fico fascinada com a forma como ele administra isso. E tenho visto, de perto e na pele, como esse controle é importante. E mais. Tenho aprendido a fazer o mesmo, se bem que em escala mais reduzida. Mas tô conseguindo progressos. Nos ùltimos dias temos conversado muito. Ficamos até tarde, conversando sobre essas coisas. Tem surtido um efeito, em mim, muito sólido. E, como eu havia previsto, não resistimos muito aos apelos da atração.
Nessa nossa volta, porém, sinto que estamos mais fortes, e mais próximos. Sinto que ele gosta e quer muito estar comigo. Faz ares de durão pra caramba, mas vive inventando pretextos para estarmos juntos. Os momentos, Holly, são muito avassaladores. Me toma por inteiro e sei que com ele a coisa vem acontecendo de forma controlada, mas também intensa. No mais, tô me dedicando a um extenso projeto que deverá fazer parte das políticas governamentais. Terminei a fase da pesquisa e entrei no texto. A parte mais difícil. Condensar tudo num puta texto. Tô ainda no início, mas acho que achei o fio da meada. Tenho que fazer nos finais de semana ou à noite, para não atrapalhar o trabalho do dia-a-dia. Como se trata de grana extra que vai me ajudar, e muito, tô encarando pra valer. Esses dias andei angustiada com a educação de Brena. Gostaria que ela tivesse numa escola de excelência, mas eles exigem tanta coisa, até fiador, que meu projeto tornou-se inviável. Ela ficou frustrada pois estava cheia de perspectivas com as coisas que a escola oferecia.
A escola é um verdadeiro centro moderno de formação. Tive que reduzir, em muito, meus sonhos e os dela. O pai, correu atrás comigo, mas não desembolsou um centavo. Até a gasolina do carro eu tive que dá. Ela foi parar numa escola bem mais modesta que não fez exigências absurdas e o preço da mensalidade caiu pela metade.Chorei muito ontem, por ter sido obrigada a engavetar o sonho de Brena. Porém, no próximo ano, quero estar melhor para investir na educação dela. Ainda não sei como vou fazer, mas quero que ela faça inglês e .... tantas outras coisas . Vou tentar. As aulas começam na próxima segunda e até lá, vou ter que dá nó em pingo dágua para comprar fardamento, livros e etc. A matrícula foi 500 paus, porque vc tem que pagar logo o mês de fevereiro junto com a matrícula. Ô paísinho difícil, viu minha filha! Mas enfim. O pai ao menos saiu perigrinando comigo. Ao menos isso. Porque a grana, ele, como sempre, disse que não tinha.....argh!!!!!! No mais, nada de novo no front! Adorei saber do seu entrosamento com Danny. Acho ele uma boa pessoa e sei que vcs vão envelhecer muito bem juntos. Ele confia muito em vc e do jeito dele, tenta lhe agradar como pode.
Dei muita risada! Diga a ele que peidona é a vovozinha, viu? Bom, a gente se fala depois. Me escreva Beijos mil
Samantha – 03/03/03
Driblando a autosabotagem 4

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