
From: Holly
Oi Caçulinha!
Tess, eu li seu email mas não quis responder pq o meu ponto de vista sobre alguns aspectos da vida, q hoje tenho como "minhas convicções", poderia não estar em igual passo com o seu e poderia ser mal interpretado. Tenho evitado entrar em choque de opiniões, pois estou em um momento de muita calmaria.
Deixe eu falar uma coisa (e qdo falo -ou melhor, escrevo -sabe q não poupo vocabulário, né) e como vc tem preguiça de ler, espero q pelo menos essa te interesse e consiga ler até o fim, pois é quase toda pra vc. Vou tentar ser breve.
Eu tb jà sofri muito desse mal, Tess, mas hoje esse "mal" me fez crescer e aprender muita coisa. Quase sempre, qdo sinto saudade de vcs, eu bato na porta, (da Internet) e me serenizo pq sei q do outro lado tenho alguém q amo, sinto a falta e tem consciência da minha existência. Graças a essa maravilhosa descoberta q é a Internet, posso fazer toc, toc na "porta de cada uma, sempre q sinto uma necessidade, uma falta da presença. E isso é lindo! É um banho de mel pra o sentimento.
Mas, vou te confessar: APRENDI A NÃO TER SAUDADE DO PASSADO! A saudade de coisas ligadas aos "velhos tempos" traz em si algo de bom, pois não conseguimos sentir saudade de coisas ruins, mas descobri q ela aparece, quase sempre, no exato momento em q estamos nos sentindo frágeis, insatisfeitas, precisando de apoio ou de um conselho, mas não temos consciência disso ou não temos coragem de admitir que precisamos de ajuda. Quando comecei minha aventura por aqui, sentia muita saudade da minha infância e me perguntava o porquê. No fundo eu não queria crescer, mesmo sendo adulta, eu me encontrava em uma situação de "engatinhar", de iniciar, em uma condição em que precisava ser forte e tomar decisões da pessoa madura q eu era, de ter q crescer e crescer sozinha. Qdo me dei conta disso, nunca mais passei mais de 2 segundos com saudade da minha infância. Toda vez q eu sentia saudade de algum evento do passado, eu me auto analisava e me dava conta q não estava em um momento bom. Acho q, qdo estamos de bem conosco e com a vida, não tem porque sentir saudade do passado. O presente é o que conta. A queda do nosso vocal feminino, foi uma quebra do "Status quo", o que precisávamos naquela época pra justificar um valor não considerado, todas sabiamos, mesmo se não queriamos admitir, e isso foi pra nós uma queda de valores adquiridos com muito sofrimento e determinação, e era inadmissível uma interrupção. Hoje superei. Milagrosamente! Não sofro a "saudade" dele.
Uma recordação boa, sim, mas não aquela saudade q aprisiona, que tenta de enganar. Claro que sentimos saudade uma das outras, de filhos longe, amigos perdidos, e isso é bom, é uma saudade sadia, mas sentir saudade do passado, de atitudes de eventos... posso garantir q não é bom. Sei q vc, Tess é uma super mulher, super mãe, super nora, super cunhada, super irmã, super trabalhadora, super responsável e isso, quer queira ou não, é dificil manter o equilibrio eternamente em estabilidade. Vc é muito generosa nas atitudes, principalmente, mas acho q vc precisa coloca um pouco mais de egoismo nas suas atitudes, um egoismo saudável que vc possa se sentir "independente" sem se sentir responsável pela existência dos demais.
Por isso eu acho q não é bom sentir saudade do passado e não quero sentir, nem chorar mais por ele. Quero me focalizar no presente no aqui e agora pois é ele, quer queiramos ou não, q determina incondicionalmente o nosso futuro.
Relaxe mana! Se sinta livre da prisão do passado. Vc vai adorarrrrrrrrrrrr!
Bjs, amo vcs muitiiiiiiiissssiiiiimo!
20-11-08
Oi Caçulinha!
Tess, eu li seu email mas não quis responder pq o meu ponto de vista sobre alguns aspectos da vida, q hoje tenho como "minhas convicções", poderia não estar em igual passo com o seu e poderia ser mal interpretado. Tenho evitado entrar em choque de opiniões, pois estou em um momento de muita calmaria.
Deixe eu falar uma coisa (e qdo falo -ou melhor, escrevo -sabe q não poupo vocabulário, né) e como vc tem preguiça de ler, espero q pelo menos essa te interesse e consiga ler até o fim, pois é quase toda pra vc. Vou tentar ser breve.
Eu tb jà sofri muito desse mal, Tess, mas hoje esse "mal" me fez crescer e aprender muita coisa. Quase sempre, qdo sinto saudade de vcs, eu bato na porta, (da Internet) e me serenizo pq sei q do outro lado tenho alguém q amo, sinto a falta e tem consciência da minha existência. Graças a essa maravilhosa descoberta q é a Internet, posso fazer toc, toc na "porta de cada uma, sempre q sinto uma necessidade, uma falta da presença. E isso é lindo! É um banho de mel pra o sentimento.
Mas, vou te confessar: APRENDI A NÃO TER SAUDADE DO PASSADO! A saudade de coisas ligadas aos "velhos tempos" traz em si algo de bom, pois não conseguimos sentir saudade de coisas ruins, mas descobri q ela aparece, quase sempre, no exato momento em q estamos nos sentindo frágeis, insatisfeitas, precisando de apoio ou de um conselho, mas não temos consciência disso ou não temos coragem de admitir que precisamos de ajuda. Quando comecei minha aventura por aqui, sentia muita saudade da minha infância e me perguntava o porquê. No fundo eu não queria crescer, mesmo sendo adulta, eu me encontrava em uma situação de "engatinhar", de iniciar, em uma condição em que precisava ser forte e tomar decisões da pessoa madura q eu era, de ter q crescer e crescer sozinha. Qdo me dei conta disso, nunca mais passei mais de 2 segundos com saudade da minha infância. Toda vez q eu sentia saudade de algum evento do passado, eu me auto analisava e me dava conta q não estava em um momento bom. Acho q, qdo estamos de bem conosco e com a vida, não tem porque sentir saudade do passado. O presente é o que conta. A queda do nosso vocal feminino, foi uma quebra do "Status quo", o que precisávamos naquela época pra justificar um valor não considerado, todas sabiamos, mesmo se não queriamos admitir, e isso foi pra nós uma queda de valores adquiridos com muito sofrimento e determinação, e era inadmissível uma interrupção. Hoje superei. Milagrosamente! Não sofro a "saudade" dele.
Uma recordação boa, sim, mas não aquela saudade q aprisiona, que tenta de enganar. Claro que sentimos saudade uma das outras, de filhos longe, amigos perdidos, e isso é bom, é uma saudade sadia, mas sentir saudade do passado, de atitudes de eventos... posso garantir q não é bom. Sei q vc, Tess é uma super mulher, super mãe, super nora, super cunhada, super irmã, super trabalhadora, super responsável e isso, quer queira ou não, é dificil manter o equilibrio eternamente em estabilidade. Vc é muito generosa nas atitudes, principalmente, mas acho q vc precisa coloca um pouco mais de egoismo nas suas atitudes, um egoismo saudável que vc possa se sentir "independente" sem se sentir responsável pela existência dos demais.
Por isso eu acho q não é bom sentir saudade do passado e não quero sentir, nem chorar mais por ele. Quero me focalizar no presente no aqui e agora pois é ele, quer queiramos ou não, q determina incondicionalmente o nosso futuro.
Relaxe mana! Se sinta livre da prisão do passado. Vc vai adorarrrrrrrrrrrr!
Bjs, amo vcs muitiiiiiiiissssiiiiimo!
20-11-08
From: Tess
Oi Holly,
Vc tem toda razão... mas isso tambem é uma fuga.... não podemos apagar tudo que vivemos e que a vida juntou pra nos fazer gente!!!! Tá no nosso DNA e vez em quando, quando estamos fragéis mesmo, tudo vem átona, mas ás vezes gosto de sentir isso... me faz sentir gente, me separa de uma máquina....mas concordo, não é algo que tenha que se sentir sempre.....porque embora lave a alma é meio dolorido......e o incrivel é que Lory, daquele tamainho sentiu isso uma vez e eu chorei com ela porque entendia exatamente o que ela estava sentindo. Fomos para um acapamento de carnaval com a turma da minha igreja, é uma turma cabeça, bem legal, quase todos casais, pouca gente, mas todos muito ligados.... alugamos uma casa com piscina e passamos os cinco dias de carnaval juntos. tinha várias crianças e Lory ficou grudada com as amigas, quando voltamos para nosso apartamento, só nós 3, ao entardecer ela foi ficando triste e me chamou no quarto e já chorando me disse " Mãe, o acampamento foi tão bom que agora estou com saudades... e começou a chorar" eu sabia exatemente o que ela estava sentindo e chorei tambem..... saimos de casa e levamos ela pra passear até aquela coisa passar..... enfim.... não dá para esconder esse sentimento.........
o que eu acho é que nos desintegramos todas, ficamos muito distantes e isto faz muita falta............
Bjs
Tess
Oi Holly,
Vc tem toda razão... mas isso tambem é uma fuga.... não podemos apagar tudo que vivemos e que a vida juntou pra nos fazer gente!!!! Tá no nosso DNA e vez em quando, quando estamos fragéis mesmo, tudo vem átona, mas ás vezes gosto de sentir isso... me faz sentir gente, me separa de uma máquina....mas concordo, não é algo que tenha que se sentir sempre.....porque embora lave a alma é meio dolorido......e o incrivel é que Lory, daquele tamainho sentiu isso uma vez e eu chorei com ela porque entendia exatamente o que ela estava sentindo. Fomos para um acapamento de carnaval com a turma da minha igreja, é uma turma cabeça, bem legal, quase todos casais, pouca gente, mas todos muito ligados.... alugamos uma casa com piscina e passamos os cinco dias de carnaval juntos. tinha várias crianças e Lory ficou grudada com as amigas, quando voltamos para nosso apartamento, só nós 3, ao entardecer ela foi ficando triste e me chamou no quarto e já chorando me disse " Mãe, o acampamento foi tão bom que agora estou com saudades... e começou a chorar" eu sabia exatemente o que ela estava sentindo e chorei tambem..... saimos de casa e levamos ela pra passear até aquela coisa passar..... enfim.... não dá para esconder esse sentimento.........
o que eu acho é que nos desintegramos todas, ficamos muito distantes e isto faz muita falta............
Bjs
Tess
From: Holly
Eu entendo. É uma coisa muito espontânea e visceral mesmo. Mas é bom vc tomar conhecimento de q existiram, mas q não devem te importunar. A recordação é impossível cancelar. Foram fios q teceram um tecido com o qual nos vestimos nos acolheu e esquentou nossas almas, é como um vestido: qdo é novo, está alí, sempre bem passadinho, cheirando a limpo pra te cobrir e te fazer se sentir bem, e ai de quem o manchar ou rasgar! é um desespero, principalmente se gostamos dele, mas qdo é velho vc se afeiçôa tanto, q se recusa em jogar fora (e se me fizer falta?) mas depois q vc joga fora, pode até se lembrar dele e sorrir, mas não sofre mais se manchou, rasgou ou desapareceu.
Com Lory é compreensivel. Pra ela é um passado bem presente ainda. Me lembro dos micarretas de M. de S.João, naquela casa grande da praça, q a gente ficava na varanda TODAS AS NOITES pra ver o trio passar e eu me apaixonava, SEMPRE, por um dos guitarristas (sò de longe, viu?) e qdo o micareta acabava eu adoecia de saudade (de que, mesmo?) e me corroia de paixão pelo individuo q eu mal via, tudo se consumiva em 4-5 minutos, o tempo do trio passar e desaparecer. Q dor! Mas tinha só 15 anos e 15 anos do meu tempo são os 9 de Lory, q fazer!
Aqueles momentos juntas, realmente foram saborosos e faz bem saborear ainda hoje, as fofocas, as risadas, faz bem relembrar pq te faz sentir bem. Hoje é tudo diferente. Não podemos mais desejar q aqueles momentos retornem mas podemos criar novos momentos juntos, com modalidades e posturas diferentes que possam refletir no futuro, como um evento saudavel, bom de recordar. Pq, não é o evento em si mesmo, mas o sentimento q provoca e q muitas vezes te dà aquela sensação de perda de nunca mais ou de impotência. Hoje ainda é possível, podemos ainda nos encontrar, e vivermos, juntas, experiências extraordinárias.
Qdo Danny se aposentar, pretendemos passar 3-4 meses por aí, e então podemos recomeçar, mais sábias, sim, mas sempre com muito humor. É isso q alonga a vida, como dizia Alice.
Bjs
From: Ly
É verdade Tess, a desintegração é a coisa que mais me doi. Fica tudo e todos muito estranhos, ou congelamos a imagem que tinhamos quando estavamos juntas ou simplesmente não reconhecemos o outro. Já tenho algumas semanas assim também, tentei "desesperadamente" criar vínculos aqui, mas é muito difícil, a cultura, a postura, a falta de intimidade, tudo isso pesa, sem falar na verdadeira distância que a família de Bento tem.Acho que vai chegando o natal,as coisas vão exigindo família, comunhão, etc e vc vai ficando fragil, carente, triste e sei lá mais o quê. Olha que segundo Tchole, eu sou a pessoa que mais consegue fazer limonada de limão. É que geralmente a limonada é pra o outro, lá dentro o limão persiste em ser ácido. Fazer o que???????Bjs,
Eu entendo. É uma coisa muito espontânea e visceral mesmo. Mas é bom vc tomar conhecimento de q existiram, mas q não devem te importunar. A recordação é impossível cancelar. Foram fios q teceram um tecido com o qual nos vestimos nos acolheu e esquentou nossas almas, é como um vestido: qdo é novo, está alí, sempre bem passadinho, cheirando a limpo pra te cobrir e te fazer se sentir bem, e ai de quem o manchar ou rasgar! é um desespero, principalmente se gostamos dele, mas qdo é velho vc se afeiçôa tanto, q se recusa em jogar fora (e se me fizer falta?) mas depois q vc joga fora, pode até se lembrar dele e sorrir, mas não sofre mais se manchou, rasgou ou desapareceu.
Com Lory é compreensivel. Pra ela é um passado bem presente ainda. Me lembro dos micarretas de M. de S.João, naquela casa grande da praça, q a gente ficava na varanda TODAS AS NOITES pra ver o trio passar e eu me apaixonava, SEMPRE, por um dos guitarristas (sò de longe, viu?) e qdo o micareta acabava eu adoecia de saudade (de que, mesmo?) e me corroia de paixão pelo individuo q eu mal via, tudo se consumiva em 4-5 minutos, o tempo do trio passar e desaparecer. Q dor! Mas tinha só 15 anos e 15 anos do meu tempo são os 9 de Lory, q fazer!
Aqueles momentos juntas, realmente foram saborosos e faz bem saborear ainda hoje, as fofocas, as risadas, faz bem relembrar pq te faz sentir bem. Hoje é tudo diferente. Não podemos mais desejar q aqueles momentos retornem mas podemos criar novos momentos juntos, com modalidades e posturas diferentes que possam refletir no futuro, como um evento saudavel, bom de recordar. Pq, não é o evento em si mesmo, mas o sentimento q provoca e q muitas vezes te dà aquela sensação de perda de nunca mais ou de impotência. Hoje ainda é possível, podemos ainda nos encontrar, e vivermos, juntas, experiências extraordinárias.
Qdo Danny se aposentar, pretendemos passar 3-4 meses por aí, e então podemos recomeçar, mais sábias, sim, mas sempre com muito humor. É isso q alonga a vida, como dizia Alice.
Bjs
From: Ly
É verdade Tess, a desintegração é a coisa que mais me doi. Fica tudo e todos muito estranhos, ou congelamos a imagem que tinhamos quando estavamos juntas ou simplesmente não reconhecemos o outro. Já tenho algumas semanas assim também, tentei "desesperadamente" criar vínculos aqui, mas é muito difícil, a cultura, a postura, a falta de intimidade, tudo isso pesa, sem falar na verdadeira distância que a família de Bento tem.Acho que vai chegando o natal,as coisas vão exigindo família, comunhão, etc e vc vai ficando fragil, carente, triste e sei lá mais o quê. Olha que segundo Tchole, eu sou a pessoa que mais consegue fazer limonada de limão. É que geralmente a limonada é pra o outro, lá dentro o limão persiste em ser ácido. Fazer o que???????Bjs,
Holly,Não vejo a hora dessas coisas acontecerem.
20/11/08,
From: Tess
Então garotas, acho que tá na hora de nos vermos...... seria tão bom........
Nenhum comentário:
Postar um comentário