From: Holly
Oi garotas
Cheguei na santa paz. O vôo foi tranquilíssimo, por sorte peguei duas cadeiras vazias junto de mim, nos dois vôos, e relaxei melhor, mesmo se não consegui dormir.
Encontrei a casa em perfeita ordem (como já esperava) até as roupas pra lavar, q eu pedi pra Danny colocar nun saco pra qdo eu chegaasse colocar na maquina, meu "santo" marido lavou tudo a mão, pois ele não sabe (ou não quer aprender) colocar a maquina em função. Foi lavando tudo pra não deixar muito trabalho pra qdo eu chegasse, "poverino". Qdo cheguei em Portugal estava 2 graus (eram 5:30 da manhã), mas aqui já estava melhorzinho - 10 graus. Foi muito choque termico em poucos dias. E por isso, nem te conto! Gente, eu estava toda inchada, literalmente, e não sabia. Eu estranhei qdo tava aí, me achava pesada, as roupas apertadas, saí dando um monte de roupa pensando q tava gorda, gente, do céu, q maluquice! Olhando as fotos q fiz não me reconheci, minha cara tava uma bola e eu inteira, parecia um balão, e vcs nem me falaram. A minha cara inchada que vc falou, Tess, acho q não foi pelo produto q tava usando, não, eu tava entrando em um colapso circulatorio pelo calor abafado. Só agora notei, depois q desinchei e vi q não era gordura. As roupas q comprei aí estão dançando no meu corpo e qdo provei aí, estava quase apertada, pode? Dois dias depois q cheguei aí, meus pés estavam como um pilão de inchado e Samantha disse q era circulação, mas eu nunca tive esse problema, nunca vi meus pés e pernas tão inchados, e pelas fotos, todo o corpo tava sofrendo uma mudança. Acho q se passasse mais uma semana aí eu entrava em um "piripaco" como diz Tess. Qdo eu subi aquela ladeira do Iguatemi pra ir pra casa, gente, pensei q ia desmaiar. Não conseguia respirar, o ar subia fervendo pelas narinas, eu com a boca aberta, pensei q a PVC estava me atacando legal, gente... q loucura! Pensei q a causa foi por ter viajado no fim do inverno, depois de passar varios meses em um hibernação (e 4 anos consecutivos sem ir aí) e ter enfrentado uma mudança térmica radical. Eu sempre viajei no inicio do inverno, novembro, dezembro, junho, qdo meu organismo ainda estava em fase de adaptação. O fato é que, agora, depois de perder toda água ou sei lá o que, me sinto leve, e dei um grande sospiro de alívio. Já tava pensando em entrar em uma dieta drástica, mas graças a Deus, foi só um pesadelo.
Tess, a gente falando sobre a curiosidade dos nossos maridos, eu disse q Danny ficava com vontade de fofocar mas nunca entrava em detalhes, pois bem, dessa vez, me surpreendeu, quis saber tudo, sentou aqui esperando pacientemente q eu baixasse todas as fotos, ficou encantado com Guarajuba, as casas maravilhosas, a limpeza e tranquilidade da cidade, as praias organizadas e bonitas, queria saber preço de todas, acho q balancei ele. Samantha, diga a Brena pra mandar as fotos q ela tirou q estão lindas, e as minhas pra scanear.
Como estão todos, Margie melhorou? Dá um abraço na raça toda.
Alguma noticia do apartamento? Me informem.
Bjs, 2-03-08
From: Samantha
E aí Holly? Perdeu a língua filha! Não mandou dizer nem se chegou bem! Dê notícias
3-02-08
From Holly
Oxi gente! Vcs não tão recebendo meus e-mails com esse endereço não?
Já mandei alem dessa acima, vários outras pra vc Samantha, mandando os sites onde publiquei o anuncio da venda do ap. Não recebeu tb, não? Nem as outras me responderam, será q ninguém tá recebendo? Pelo menos não tá voltando nada. Vou mandar tb pelo outro e-mail.
From: Ly
Meninas,
Leiam Nosso Louco Amor
Muuuuito bom mesmo,.
Aliás, ando pensando muito nessas coisas.
Quando Holly teve aqui e não nos vimos, refleti muito sobre tudo isso de família de amor, etc, etc. E questionei muito sobre o amor e descobri como o amor é mutante.
A gente nasce em uma família com pai, mãe, irmãos, etc, etc.
E, pelo menos eu, não tenho a menor dúvida como fui amada, talvez mais por mainha, mas não tenho dúvida deste amor entre nós, bem, entre nós teve de tudo, teve Fanny que praticamente nao convivi, já que qdo ela casou , eu ainda era bebê, e teve nós 4, que brigavámos, discutíamos, mas tb nos amavámos.
De repente, cada um tem sua própria vida e acho que vamos transferindo este amor para as nossas novas famílias, nossos filhos, maridos e etc. E o amor fraternal fica, sei lá, meio fosco, acho, talvez, que não temos tanta capacidade de amor, será?????
Calma, não tô dizendo que a gente não se ame, mas acho que passa a ser outro amor, não como amor de mãe e filhos ou de marido e mulher, entendem??? ou tô sendo muito psicológica?
Acho que pela nova família somos capazes de matar e morrer (Holly que o diga, diante da confusão que teve aí) de fazer "sacrifícios, de abdicar de coisas. E me pergunto, será que hoje, somos capazez de fazer isso uma pela outra? Será que somos capazes de abdicar de coisas por nós 4? Não sei responder isso, mas o fato de ter 8 anos sem ver Holly me fez refletir, acho que se tivesse grana minha, que não fosse do Bento, acho que iria em Salvador, mas me pergunto: Pra ver minha irmã que há 8 anos eu não via? Ou ir pela folia, pelas noites e noites de bate papo? Não sei, quando preciso de alguma coisa em Salvador , por exemplo, não aciono vcs, prefiro acionar Sonia, Glória, pois tenho certeza que elas se desdobram em pra me atender, acho que o nosso amor é desgastado e acho que não abririam mão do dia-a-dia agitado de cada uma pra comprar beijú na feira de São Joaquim e levar uma caixa ao correio para postá-la, não sei, é o que acho, não é que não me sinta com esta liberdade, mas talvez seja medo de esperar e ter frustação, entendem???
Quer ver como estou certa do desgaste do amor de nós 4, que vivemos juntas mais tempo? Vcs não acham que se eu pedisse a Margie pra expedir o pacote que Holly trouxe, ela faria???? Acho que sim, sabe por que? Pq com ela, creio que o nosso relacionamento não desgastou de tudo, talvez pelo fato de ter ficado mais à margem com referência a nós 4, pelo menos comigo que tô afastada.
Bom pode ser neuro, psicose etc, etc, mas acho que o nosso amor deve ser mais cuidado, assim como a gente cuida do amor homem X mulher. Acho que a gente deve se empenhar pra ligar e sabermos como estamos, de visitar uma a outra, de LIGAR NO ANIVERSÁRIO, enfim cultivar, cuidar, amar.
Topam????????
Bjs, Ly, 17-03-08
From: Holly
Cadê o artigo “Muuuuito bom mesmo” que vc falou? Vc não anexou pra mim.
Eu tb refleti muito sobre isso, nessa viagem.
Acho q a distância uma das outras, já é um fator pra uma transição dos sentimentos, uma modificação na textura do vínculo original q sempre uniu uns aos outros . Mas não um desligamento total.
A história de nós 4, fazia um mesmo percurso qdo estávamos juntas e existia a coesão involutária; mesmo tendo cada uma a sua própria personalidade, eramos induzidas a compartilhar de tudo uma com as outras, e naquele mesmo momento, concordar, discordar, aceitar, renunciar algo por alguma de nós, pq era uma exigência daquele momento, necessário pra poder manter a coesão, a unidade e a própria sobrevivência. Era, talvez, algo involuntário ou inconsciente, quase instintivo.
Do momento em que cada uma tomou seu rumo, novas responsabilidades se adicionaram a cada uma e o fio q nos unia foi, sem dúvida, afrouxado, mas não cortado. Por exemplo, a Ly q eu deixei 8 anos atrás, hoje, inconscientemente, quero encontrar a mesma, não quero levar em conta as novas experiências dela, os novos aprendizados que levaram ela a mudar posturas mentais e comportamentais; essas mudanças da nova Ly, são evidentemente mais direcionadas às pessoas que compartilham com ela o cotidiano, ouvem suas queixas, lamentos indecisões, dão conselhos, dão pistas e faz com que ela compreenda melhor a nova estrada. Essas pessoas te conhecem como vc é, eu, no entanto, conheço uma Ly que, confrontando com a atual, difere enormemente daquela q eu deixei um dia. Creio q acontece a mesma coisa de vc pra mim.
Isso tudo, distorce na minha mente, a imagem q eu tenho daquela Ly, no fundo, eu não quero aceitá-la assim modificada. Inconscientemente quero encontrá-la como a deixei. As suas objeções, os choques de idéias, e até o gosto (aquilo q vc gostava e agora não gosta mais) - tudo justificado pelas novas experiências que fez de vc uma Ly diferente - vão entrar em choque com a imagem da Ly fixa na minha mente.
Eu, dessa vez q tive aí, constatei com amargor, que me distanciei enormemente das minhas raízes. Seria como se vc tivesse deixado uma plantinha no seu quintal e depois de muitos anos vc pretendesse encontrar aquela mesma plantinha pra mimar, cuidar, adubar, ver crescer e acompanhar o desabrochar de cada nova flor, e colher aqueles frutos q vc bem conhece. Qdo vc chega no seu quintal e ve aquela árvore frondosa, com ramos diversos, altiva e independente, vc a desconhece e até se hostiliza com ela, como se ela, ingratamente, não te esperasse pra compartilhar com vc de todas as fases de mutação. Vc sabe q ela tá alí pq foi vc quem a plantou, mas vc não a reconhece como a plantinha q vc deixou ali e olhando pra ela, vc tb acha q ela não te considera da mesma forma q considera o agricultor q cuidou dela, sabe?
O amor não é só mutante, é simbiótico também e é associado a um relacionamento continuativo no tempo q possa estabelecer um certo grau de confidência. E isso temos muito pouco.
Sabe q a psicanálise associa o amor à capacidade do individuo amar inicialmente ao próprio “eu” e em seguida vai em direção do(s) sujeito(s) aos quais o “eu” se apropria, pra serem uma mesma coisa. Quando esse primeiro amor por si mesmo não é superado, em parte ou no todo, o indivíduo se transforma em um narcisista na idade adulta, que é o sentimento egoista, privo daquele componente altruístico essencial pra um amor autêntico. E creio que tendencialmente, o “eu” de cada uma, se associou com outros sujeitos-objetos e são pra eles o nosso primeiro pensamento, não resta dúvida. Mas acho ainda q somos como um ninho de abelhas. Basta q alguém futuque e o desastre tá feito, não é?
Qdo vc fala: de fazer "sacrifícios, de abdicar de coisas. E me pergunto, será que hoje, somos capazez de fazer isso uma pela outra? será que somos capazes de abdicar de coisas por nós 4? Eu acho que tudo depende do conceito q vc tem do “sacrificar-abdicar”. Acho q isso está realmente relacionado com o “amar”. Desde sempre, quem ama dá mais do que recebe. E qdo vc dá ou faz “sacrificios” pra doar, seja o q for, vc está usando a generosidade. A generosidade está mais ligada à compaixão do que à piedade costumeira. Eu, particularmente, sinto uma enorme satisfação qdo consigo deixar alguém feliz. Acho q fazendo alguém feliz, talvez egoisticamente, eu me sinto ainda mais feliz. Então, fazer um bem, qualquer que ele seja, geralmente traz felicidade, mesmo q a retribuição seja apenas um sorriso, um obrigada. Eu sinto uma sensação de bem-estar e paz interior e isso faz aumentar a minha auto-estima. Creio q ser generoso é como plantar uma semente do bem, q vai crescer e dar mais frutos. Então, se vc quisesse ir a Salvador, pensando que assim iria me fazer feliz, vc com certeza, além de me fazer feliz, iria sentir tb essa sensação de bem estar, de leveza, uma confirmação de que, sem sombra de duvidas, vc fez bem em ter ido, mesmo com sacrificios. Se vc se colocou a pergunta: Pra ver minha irmã que há 8 anos eu não via? Ou ir pela folia, pelas noites e noites de bate papo? É pq vc ainda não tinha bem definido o conceito de que em se fazer um bem se tem só lucros. E mesmo se fosse somente pra ir pela folia, creio que vc não iria desperdiçar nem um tostão. Vc iria se conceder um prazer, único e irrepetível, o de estar reunida com a sua familia, aquela q um dia vc foi parte do núcleo, logo, uma recordação sem preço.
Até hoje, qdo leio as cartas de Tess agradecendo pelo carrinho q dei pra ela, mesmo já caindo aos pedaços ela continuava agradecendo, com uma felicidade e gratidão sincera, eu ainda me emociono. E te digo, a sensação q provo, não tem preço.
Acho que, pelos motivos q falei acima, de distância, falta de contatos mais frequentes, a falta da compartilha dos mínimos eventos da nossa vida, tudo isso cria uma modificação no relacionamento, mas não uma ruptura dos laços afetivos. Estamos passando por uma fase de re-adaptação, visto as grandes mudanças culturais-relacionais-sociais que cada uma está vivendo.
Eu tive momentos de conflitos e decepção por conta tb disso. Não só da Ly de 8 anos atrás, mas da Samantha, Tess, Margie, Nielson, Nando, Margot etc de 4 anos atrás. Eu encontrei todo mundo mudado mesmo. Todos. Por que? Pelo q falei. Cada vez q eu vou aí, penso automaticamente q será igual a vez passada, as pessoas estarão iguais, imodificáveis etc, e mesmo procurando me preparar psicologicamente, o conflito é inevitável. Me assustei, me surpreendi com muitas coisas, mas tudo serviu pra acrescentar pontos na minha bagagem, pra me desaliceçar e compreender q a vida é feita de degráus. Vc deve alcançar cada degráu , aceitando o q ele te oferece, sem fazer confrontos com o degráu inferior. É difícil mas não impossível. Topo e faço questão de cultivar e se possível, replantar a semente da compreensão, adaptação, aceitação e do amor q uma vez foi implantada nos nossos embriões.
Bjs, Amo todas
Holly, 20-03-08
From: Tess
Oxi Ly... não entendi nada.......o que tudo tem a ver com a carta de Brena? Quer ver como a gente ainda se ama Muiiito, deixa um desses maridos amados por nós ou qualquer outra pessoa ( Brena por exemplo) nos fazer um tantinho de sofrimento, viramos uma fera e defenderemos umas as outras com unhas e dentes.....quanto a favores, isso é muito relativo, isso não significa amar ou deixar de amar, depende da natureza de cada um, tem pessoas que são prestativas, outras nem tanto.... é assim....
Bjs Minha irmã... e acredite AMO TODAS VOCES DE PAIXÃO.......ás vezes sofro só em imaginar que a qualquer momento uma de nós pode morrer.......
Tess, 20-03-08
Cheguei na santa paz. O vôo foi tranquilíssimo, por sorte peguei duas cadeiras vazias junto de mim, nos dois vôos, e relaxei melhor, mesmo se não consegui dormir.
Encontrei a casa em perfeita ordem (como já esperava) até as roupas pra lavar, q eu pedi pra Danny colocar nun saco pra qdo eu chegaasse colocar na maquina, meu "santo" marido lavou tudo a mão, pois ele não sabe (ou não quer aprender) colocar a maquina em função. Foi lavando tudo pra não deixar muito trabalho pra qdo eu chegasse, "poverino". Qdo cheguei em Portugal estava 2 graus (eram 5:30 da manhã), mas aqui já estava melhorzinho - 10 graus. Foi muito choque termico em poucos dias. E por isso, nem te conto! Gente, eu estava toda inchada, literalmente, e não sabia. Eu estranhei qdo tava aí, me achava pesada, as roupas apertadas, saí dando um monte de roupa pensando q tava gorda, gente, do céu, q maluquice! Olhando as fotos q fiz não me reconheci, minha cara tava uma bola e eu inteira, parecia um balão, e vcs nem me falaram. A minha cara inchada que vc falou, Tess, acho q não foi pelo produto q tava usando, não, eu tava entrando em um colapso circulatorio pelo calor abafado. Só agora notei, depois q desinchei e vi q não era gordura. As roupas q comprei aí estão dançando no meu corpo e qdo provei aí, estava quase apertada, pode? Dois dias depois q cheguei aí, meus pés estavam como um pilão de inchado e Samantha disse q era circulação, mas eu nunca tive esse problema, nunca vi meus pés e pernas tão inchados, e pelas fotos, todo o corpo tava sofrendo uma mudança. Acho q se passasse mais uma semana aí eu entrava em um "piripaco" como diz Tess. Qdo eu subi aquela ladeira do Iguatemi pra ir pra casa, gente, pensei q ia desmaiar. Não conseguia respirar, o ar subia fervendo pelas narinas, eu com a boca aberta, pensei q a PVC estava me atacando legal, gente... q loucura! Pensei q a causa foi por ter viajado no fim do inverno, depois de passar varios meses em um hibernação (e 4 anos consecutivos sem ir aí) e ter enfrentado uma mudança térmica radical. Eu sempre viajei no inicio do inverno, novembro, dezembro, junho, qdo meu organismo ainda estava em fase de adaptação. O fato é que, agora, depois de perder toda água ou sei lá o que, me sinto leve, e dei um grande sospiro de alívio. Já tava pensando em entrar em uma dieta drástica, mas graças a Deus, foi só um pesadelo.
Tess, a gente falando sobre a curiosidade dos nossos maridos, eu disse q Danny ficava com vontade de fofocar mas nunca entrava em detalhes, pois bem, dessa vez, me surpreendeu, quis saber tudo, sentou aqui esperando pacientemente q eu baixasse todas as fotos, ficou encantado com Guarajuba, as casas maravilhosas, a limpeza e tranquilidade da cidade, as praias organizadas e bonitas, queria saber preço de todas, acho q balancei ele. Samantha, diga a Brena pra mandar as fotos q ela tirou q estão lindas, e as minhas pra scanear.
Como estão todos, Margie melhorou? Dá um abraço na raça toda.
Alguma noticia do apartamento? Me informem.
Bjs, 2-03-08
From: Samantha
E aí Holly? Perdeu a língua filha! Não mandou dizer nem se chegou bem! Dê notícias
3-02-08
From Holly
Oxi gente! Vcs não tão recebendo meus e-mails com esse endereço não?
Já mandei alem dessa acima, vários outras pra vc Samantha, mandando os sites onde publiquei o anuncio da venda do ap. Não recebeu tb, não? Nem as outras me responderam, será q ninguém tá recebendo? Pelo menos não tá voltando nada. Vou mandar tb pelo outro e-mail.
From: Ly
Meninas,
Leiam Nosso Louco Amor
Muuuuito bom mesmo,.
Aliás, ando pensando muito nessas coisas.
Quando Holly teve aqui e não nos vimos, refleti muito sobre tudo isso de família de amor, etc, etc. E questionei muito sobre o amor e descobri como o amor é mutante.
A gente nasce em uma família com pai, mãe, irmãos, etc, etc.
E, pelo menos eu, não tenho a menor dúvida como fui amada, talvez mais por mainha, mas não tenho dúvida deste amor entre nós, bem, entre nós teve de tudo, teve Fanny que praticamente nao convivi, já que qdo ela casou , eu ainda era bebê, e teve nós 4, que brigavámos, discutíamos, mas tb nos amavámos.
De repente, cada um tem sua própria vida e acho que vamos transferindo este amor para as nossas novas famílias, nossos filhos, maridos e etc. E o amor fraternal fica, sei lá, meio fosco, acho, talvez, que não temos tanta capacidade de amor, será?????
Calma, não tô dizendo que a gente não se ame, mas acho que passa a ser outro amor, não como amor de mãe e filhos ou de marido e mulher, entendem??? ou tô sendo muito psicológica?
Acho que pela nova família somos capazes de matar e morrer (Holly que o diga, diante da confusão que teve aí) de fazer "sacrifícios, de abdicar de coisas. E me pergunto, será que hoje, somos capazez de fazer isso uma pela outra? Será que somos capazes de abdicar de coisas por nós 4? Não sei responder isso, mas o fato de ter 8 anos sem ver Holly me fez refletir, acho que se tivesse grana minha, que não fosse do Bento, acho que iria em Salvador, mas me pergunto: Pra ver minha irmã que há 8 anos eu não via? Ou ir pela folia, pelas noites e noites de bate papo? Não sei, quando preciso de alguma coisa em Salvador , por exemplo, não aciono vcs, prefiro acionar Sonia, Glória, pois tenho certeza que elas se desdobram em pra me atender, acho que o nosso amor é desgastado e acho que não abririam mão do dia-a-dia agitado de cada uma pra comprar beijú na feira de São Joaquim e levar uma caixa ao correio para postá-la, não sei, é o que acho, não é que não me sinta com esta liberdade, mas talvez seja medo de esperar e ter frustação, entendem???
Quer ver como estou certa do desgaste do amor de nós 4, que vivemos juntas mais tempo? Vcs não acham que se eu pedisse a Margie pra expedir o pacote que Holly trouxe, ela faria???? Acho que sim, sabe por que? Pq com ela, creio que o nosso relacionamento não desgastou de tudo, talvez pelo fato de ter ficado mais à margem com referência a nós 4, pelo menos comigo que tô afastada.
Bom pode ser neuro, psicose etc, etc, mas acho que o nosso amor deve ser mais cuidado, assim como a gente cuida do amor homem X mulher. Acho que a gente deve se empenhar pra ligar e sabermos como estamos, de visitar uma a outra, de LIGAR NO ANIVERSÁRIO, enfim cultivar, cuidar, amar.
Topam????????
Bjs, Ly, 17-03-08
From: Holly
Cadê o artigo “Muuuuito bom mesmo” que vc falou? Vc não anexou pra mim.
Eu tb refleti muito sobre isso, nessa viagem.
Acho q a distância uma das outras, já é um fator pra uma transição dos sentimentos, uma modificação na textura do vínculo original q sempre uniu uns aos outros . Mas não um desligamento total.
A história de nós 4, fazia um mesmo percurso qdo estávamos juntas e existia a coesão involutária; mesmo tendo cada uma a sua própria personalidade, eramos induzidas a compartilhar de tudo uma com as outras, e naquele mesmo momento, concordar, discordar, aceitar, renunciar algo por alguma de nós, pq era uma exigência daquele momento, necessário pra poder manter a coesão, a unidade e a própria sobrevivência. Era, talvez, algo involuntário ou inconsciente, quase instintivo.
Do momento em que cada uma tomou seu rumo, novas responsabilidades se adicionaram a cada uma e o fio q nos unia foi, sem dúvida, afrouxado, mas não cortado. Por exemplo, a Ly q eu deixei 8 anos atrás, hoje, inconscientemente, quero encontrar a mesma, não quero levar em conta as novas experiências dela, os novos aprendizados que levaram ela a mudar posturas mentais e comportamentais; essas mudanças da nova Ly, são evidentemente mais direcionadas às pessoas que compartilham com ela o cotidiano, ouvem suas queixas, lamentos indecisões, dão conselhos, dão pistas e faz com que ela compreenda melhor a nova estrada. Essas pessoas te conhecem como vc é, eu, no entanto, conheço uma Ly que, confrontando com a atual, difere enormemente daquela q eu deixei um dia. Creio q acontece a mesma coisa de vc pra mim.
Isso tudo, distorce na minha mente, a imagem q eu tenho daquela Ly, no fundo, eu não quero aceitá-la assim modificada. Inconscientemente quero encontrá-la como a deixei. As suas objeções, os choques de idéias, e até o gosto (aquilo q vc gostava e agora não gosta mais) - tudo justificado pelas novas experiências que fez de vc uma Ly diferente - vão entrar em choque com a imagem da Ly fixa na minha mente.
Eu, dessa vez q tive aí, constatei com amargor, que me distanciei enormemente das minhas raízes. Seria como se vc tivesse deixado uma plantinha no seu quintal e depois de muitos anos vc pretendesse encontrar aquela mesma plantinha pra mimar, cuidar, adubar, ver crescer e acompanhar o desabrochar de cada nova flor, e colher aqueles frutos q vc bem conhece. Qdo vc chega no seu quintal e ve aquela árvore frondosa, com ramos diversos, altiva e independente, vc a desconhece e até se hostiliza com ela, como se ela, ingratamente, não te esperasse pra compartilhar com vc de todas as fases de mutação. Vc sabe q ela tá alí pq foi vc quem a plantou, mas vc não a reconhece como a plantinha q vc deixou ali e olhando pra ela, vc tb acha q ela não te considera da mesma forma q considera o agricultor q cuidou dela, sabe?
O amor não é só mutante, é simbiótico também e é associado a um relacionamento continuativo no tempo q possa estabelecer um certo grau de confidência. E isso temos muito pouco.
Sabe q a psicanálise associa o amor à capacidade do individuo amar inicialmente ao próprio “eu” e em seguida vai em direção do(s) sujeito(s) aos quais o “eu” se apropria, pra serem uma mesma coisa. Quando esse primeiro amor por si mesmo não é superado, em parte ou no todo, o indivíduo se transforma em um narcisista na idade adulta, que é o sentimento egoista, privo daquele componente altruístico essencial pra um amor autêntico. E creio que tendencialmente, o “eu” de cada uma, se associou com outros sujeitos-objetos e são pra eles o nosso primeiro pensamento, não resta dúvida. Mas acho ainda q somos como um ninho de abelhas. Basta q alguém futuque e o desastre tá feito, não é?
Qdo vc fala: de fazer "sacrifícios, de abdicar de coisas. E me pergunto, será que hoje, somos capazez de fazer isso uma pela outra? será que somos capazes de abdicar de coisas por nós 4? Eu acho que tudo depende do conceito q vc tem do “sacrificar-abdicar”. Acho q isso está realmente relacionado com o “amar”. Desde sempre, quem ama dá mais do que recebe. E qdo vc dá ou faz “sacrificios” pra doar, seja o q for, vc está usando a generosidade. A generosidade está mais ligada à compaixão do que à piedade costumeira. Eu, particularmente, sinto uma enorme satisfação qdo consigo deixar alguém feliz. Acho q fazendo alguém feliz, talvez egoisticamente, eu me sinto ainda mais feliz. Então, fazer um bem, qualquer que ele seja, geralmente traz felicidade, mesmo q a retribuição seja apenas um sorriso, um obrigada. Eu sinto uma sensação de bem-estar e paz interior e isso faz aumentar a minha auto-estima. Creio q ser generoso é como plantar uma semente do bem, q vai crescer e dar mais frutos. Então, se vc quisesse ir a Salvador, pensando que assim iria me fazer feliz, vc com certeza, além de me fazer feliz, iria sentir tb essa sensação de bem estar, de leveza, uma confirmação de que, sem sombra de duvidas, vc fez bem em ter ido, mesmo com sacrificios. Se vc se colocou a pergunta: Pra ver minha irmã que há 8 anos eu não via? Ou ir pela folia, pelas noites e noites de bate papo? É pq vc ainda não tinha bem definido o conceito de que em se fazer um bem se tem só lucros. E mesmo se fosse somente pra ir pela folia, creio que vc não iria desperdiçar nem um tostão. Vc iria se conceder um prazer, único e irrepetível, o de estar reunida com a sua familia, aquela q um dia vc foi parte do núcleo, logo, uma recordação sem preço.
Até hoje, qdo leio as cartas de Tess agradecendo pelo carrinho q dei pra ela, mesmo já caindo aos pedaços ela continuava agradecendo, com uma felicidade e gratidão sincera, eu ainda me emociono. E te digo, a sensação q provo, não tem preço.
Acho que, pelos motivos q falei acima, de distância, falta de contatos mais frequentes, a falta da compartilha dos mínimos eventos da nossa vida, tudo isso cria uma modificação no relacionamento, mas não uma ruptura dos laços afetivos. Estamos passando por uma fase de re-adaptação, visto as grandes mudanças culturais-relacionais-sociais que cada uma está vivendo.
Eu tive momentos de conflitos e decepção por conta tb disso. Não só da Ly de 8 anos atrás, mas da Samantha, Tess, Margie, Nielson, Nando, Margot etc de 4 anos atrás. Eu encontrei todo mundo mudado mesmo. Todos. Por que? Pelo q falei. Cada vez q eu vou aí, penso automaticamente q será igual a vez passada, as pessoas estarão iguais, imodificáveis etc, e mesmo procurando me preparar psicologicamente, o conflito é inevitável. Me assustei, me surpreendi com muitas coisas, mas tudo serviu pra acrescentar pontos na minha bagagem, pra me desaliceçar e compreender q a vida é feita de degráus. Vc deve alcançar cada degráu , aceitando o q ele te oferece, sem fazer confrontos com o degráu inferior. É difícil mas não impossível. Topo e faço questão de cultivar e se possível, replantar a semente da compreensão, adaptação, aceitação e do amor q uma vez foi implantada nos nossos embriões.
Bjs, Amo todas
Holly, 20-03-08
From: Tess
Oxi Ly... não entendi nada.......o que tudo tem a ver com a carta de Brena? Quer ver como a gente ainda se ama Muiiito, deixa um desses maridos amados por nós ou qualquer outra pessoa ( Brena por exemplo) nos fazer um tantinho de sofrimento, viramos uma fera e defenderemos umas as outras com unhas e dentes.....quanto a favores, isso é muito relativo, isso não significa amar ou deixar de amar, depende da natureza de cada um, tem pessoas que são prestativas, outras nem tanto.... é assim....
Bjs Minha irmã... e acredite AMO TODAS VOCES DE PAIXÃO.......ás vezes sofro só em imaginar que a qualquer momento uma de nós pode morrer.......
Tess, 20-03-08
From: Holly
Não, Tess, acho q ela não associou à carta de Brena não ( e que carta é essa?). Ela tentou encaminhar algum texto, q não chegou, usando o ultimo e-mail, acho. Mas concordo com vc. Amor e favores, creio q sejam coisas destacadas. como falei na minha resposta pra ela, a ser disponível, querer ajudar, fazer favores etc, entra na classe da generosidade. Vc pode amar e não ser generoso ou vice-versa. Logo, como vc falou é caracterial. Entendeu Ly?
Bjs
From: Ly
Primeiro: Não tem nada a ver com a carta de Brena.
Segundo: Não disse que não nos amamos, disse que o amor fica diferente, como se substituíssemos o primeiro amor, Não é atoa que Jesus disse pra voltarmos ao primeiro amor, entende???? TCHOLE CHEGA HOJE ÁS 17:00H, LIGUEM PRA ELE.
Não, Tess, acho q ela não associou à carta de Brena não ( e que carta é essa?). Ela tentou encaminhar algum texto, q não chegou, usando o ultimo e-mail, acho. Mas concordo com vc. Amor e favores, creio q sejam coisas destacadas. como falei na minha resposta pra ela, a ser disponível, querer ajudar, fazer favores etc, entra na classe da generosidade. Vc pode amar e não ser generoso ou vice-versa. Logo, como vc falou é caracterial. Entendeu Ly?
Bjs
From: Ly
Primeiro: Não tem nada a ver com a carta de Brena.
Segundo: Não disse que não nos amamos, disse que o amor fica diferente, como se substituíssemos o primeiro amor, Não é atoa que Jesus disse pra voltarmos ao primeiro amor, entende???? TCHOLE CHEGA HOJE ÁS 17:00H, LIGUEM PRA ELE.
From: Samantha
Legal Ly! E suas jóias? Quais são? Mande pra eu ver! Sucesso minha irmã. Vc merece e muito. PS: Gente peguei uma virose braba - pode ter sido dengue - que me prostrou como nunca vi. Fiquei literalmente de cama. Sem poder nem levantar. Brena ficou apavorada e não sabia o que fazer. Como sempre, Tess foi meu anjo bom. Ela saiu do trabalho e veio direto aqui pra casa, de remédio em punho. Me medicou, fez chá, cuidou de mim, fez comida pra o dia seguinte e ainda melhorou uma sopa que Brena tava tentando fazer pra nós duas, já que eu não conseguia nem ficar de pé. Hoje, apesar de fraca ainda, consegui me levantar pra organizar as coisas. Tava falando com Brena a importância da família. Disse a ela que poucos amigos ou talvez nenhum, se dispusessse a vir me socorrer da forma como Tess fez, porque nenhum deles me amava da forma incondicional como ela. Ela ficou muito reflexiva e concordou plenamente. Até porque, no final da noite, o pai dela apareceu também pra ajudar com um batalhão de remédios e comida pronta. Fiz questão de frisar pra ela entender que pai, mãe, família, são intocáveis. É com quem, no fundo a gente conta.
From: Ly
Garotas,Foi muito boa a minha exposição, vai ficar no museu imperial até 30/05, depois virá para o RJ, onde, espero eu, terei mais retorno.Minha nova coleção tá ficando MUUUUUUITO boa, esta coleção é vendável e já buscamos parceiros. As coisas estão indo muito bem, Graças a Deus.Mando notícias.
Garotas,Foi muito boa a minha exposição, vai ficar no museu imperial até 30/05, depois virá para o RJ, onde, espero eu, terei mais retorno.Minha nova coleção tá ficando MUUUUUUITO boa, esta coleção é vendável e já buscamos parceiros. As coisas estão indo muito bem, Graças a Deus.Mando notícias.
Bjs, Ly
From: Samantha
Gostaria muito de tá perto. Mas tenho certeza que vc teve um dia de Rainha. Porque vc merece e porque a sua mente sábia e apontada para o futuro, lhe remete sempre às melhores coisas da vida. Muito mais nesse dia que é tão especial pra vc. Minha irmã, te amo muito e toda a felecidade do mundo ainda é pouco para o que lhe desejo. Grande beijo. Me conte todas as novidades depois e como vc foi paparicada nesse dia especial. Holly, tenho boas novidades sobre o apartamento. Quando tiver tudo acertado te aviso. Fique tranquila que agora mais que nunca, as coisas estão indo para o eixo. Eu estou muito empenhada e tenho certeza que vai dá certo. Em nenhum momento relaxei. As dificuldades estavam postas e eu estava tentando superá-las. Continuo correndo atrás.
Gostaria muito de tá perto. Mas tenho certeza que vc teve um dia de Rainha. Porque vc merece e porque a sua mente sábia e apontada para o futuro, lhe remete sempre às melhores coisas da vida. Muito mais nesse dia que é tão especial pra vc. Minha irmã, te amo muito e toda a felecidade do mundo ainda é pouco para o que lhe desejo. Grande beijo. Me conte todas as novidades depois e como vc foi paparicada nesse dia especial. Holly, tenho boas novidades sobre o apartamento. Quando tiver tudo acertado te aviso. Fique tranquila que agora mais que nunca, as coisas estão indo para o eixo. Eu estou muito empenhada e tenho certeza que vai dá certo. Em nenhum momento relaxei. As dificuldades estavam postas e eu estava tentando superá-las. Continuo correndo atrás.
23-03-08
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