From Holly
De qualquer forma é necessário saber das notícias mesmo se ruíns.
Você quase me emocionou com aquele discurso. São reflexões muito sensatas. Eu sei que não devo me sentir responsável pra mudar a vida de vcs. mas não é fácil ver as necessidades e fazer de conta que não existem. Sei também que muitas das nossas dificuldades são frutos de nossos erros, como você diz, mas quem não é passível? É já de grande importância você ter reconhecido isso e ninguém, a não ser você mesma, poderá julgar, aceitar e corrigir esses erros. Até que vc mesma não os assuma, eu não tenho o direito de atirar a primeira pedra, mesmo porque seria inútil. O primeiro grande passo vc jà està dando. O que vc falou sobre não ter o mesmo flair-play que eu é certo. Eu tive que "ralar" pra compreender que muitas das nossas prerrogativas são fictícias, existem na nossa mente por falta de novas perspectivas que possam substituí-las, que muita coisa que insistimos em não renunciar, pensando de serem imprescindíveis, pode ser que, depois de haver passado certas necessidades, se demonstrem banais. Tudo é relativo. Quando você diz "assimilando seus constumes (dos italianos) e tolerando tantas diferenças...", eu procurei me adaptar, analisando a coisa por um ponto de vista bem flexível: acho que "assimilar" é enriquecer; e "costumes" são regras ou práticas que você usa pra entrar em conformidade com o meio ou ambiente em que você está, seja em outro país, seja em uma sala de conferências, ou de uma universidade, a capacidade de aceitação e adaptação é a mesma. Você as aceita quando é convicta que esses são os parâmetros que vc precisa seguir, pra satisfazer as suas aspirações e exigências do momento (que no meu caso seria o bem-estar, conforto, serenidade...) e quando você os aceceita, deixa de ser uma "tolerança" pra ser uma efetivação, entende? As diferenças não incomodam mais.
Tô gostando da sua nova performance de encarar a vida e principalmente os homens. Não precisa chegar à "fatalidade", seja FATAL mas não perca as emoções. Elas servem pra equilibrar a racionalidade em momentos difíceis como aqueles que te fez sentir ódio e raiva por "alguém, de algum lugar..." Serve pra voce tambem Ly. "Quanto mais intenso é o sentimento, mais dominante é a emoção - e mais ineficaz a racionalidade". Daniel Goleman
Um beijo
Holly 21-01-04
From: Ly
Tô tão orgulhosa de vocês. Vocês são lindas. Samantha, você tá cada dia mais linda, se este é o preço pra se chegar aos 46, quero chegar logo. Levei o e-mail pra casa, li, reli, li outra vez. Que lindo. Holly tem razão, a nossa preocupação tá por conta do que queremos de melhor pra vocês. Também já cheguei à conclusão de que somos responsáveis por nossos atos, mas também cheguei a conclusão de como todos à nossa volta são co-responsáveis também, tanto das coisas ruins como das coisas boas. Quantas e quantas coisas temos aprendido através destes e-mails? Somos também co-responsáveis sim. E prepare-se, não vou te ajudar, vou contribuir com seu crescimento, aí sim, as ações serão suas responsabilidades. Meu primeiro investimento ainda este ano este semestre será uma TV pra Brena. Eu realmente sou muito pretensiosa. Tô agindo como se estivesse no mesmo patamar que Holly. Queridas, é verdade que hoje eu não me preocupo com as contas do dia a dia, até mesmo o colégio dos meninos, que era uma preocupação constante, Deus arranjou um meio de tranquilizar-me. HOJE, MINHA OBRIGAÇÃO É GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO. Esta é minha responsabilidade. E prepare-se, VOU FICAR RICA. É como disse a Vera, na minha saída da casa dela "mulheres como nós, não tem jeito, nasceu pra dá certo, porque 2 + 2 = é sempre 4". Aquilo foi uma a minha melhor mensagem para 2004. Tô tão confiante, tão pé no chão. E certamente quero dividir isso com todos os co-responsáveis também.
Enfim, QUE VENHA 2004!
Beijos, amo vocês
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